O presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, afirmou que a política atual do banco central está restritiva e que permanecerá restritiva pelo tempo necessário. Ele destacou que a próxima ação do Fed provavelmente não será um aumento das taxas de juros. Para elevar as taxas, o Fed precisará de evidências sólidas de que a política não está restritiva o suficiente.
No entanto, Powell alertou que a inflação ainda está alta e que nos últimos meses houve uma estagnação na queda da inflação. O progresso adicional é incerto em meio a uma economia aquecida e com baixo desemprego.
Ele ressaltou que levará mais tempo para o Fed ganhar confiança e reduzir a inflação. A equipe está altamente atenta aos riscos inflacionários.
Powell também mencionou que o mercado de trabalho continua apertado, mas o relatório Jolts divulgado recentemente mostrou um abrandamento. A abertura de vagas ainda está acima dos níveis pré-pandemia.
Em relação à redução das compras de títulos a partir de junho, de US$ 60 bilhões para US$ 25 bilhões, Powell afirmou que essa redução permitirá uma transição suave nos mercados. A desaceleração não mudará o tamanho final do balanço de ativos, apenas permitirá alcançá-lo de maneira mais gradual.
Quanto à redução das taxas de juros, Powell não deu um prazo específico, mas mencionou que uma queda acentuada e inesperada no mercado de trabalho poderia levar o Fed a cortar juros.
Por fim, ele ressaltou que o conteúdo foi publicado originalmente no Valor PRO, serviço de informações em tempo real do Valor.